segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Livro 4 - Para sempre Alice

Minha quarta leitura de 2016 aconteceu por acaso. Comprei o livro "Para sempre Alice", de Lisa Genova, por impulso, e por ter gostado muito do filme inspirado nele (pelo qual Julianne Moore ganhou o Oscar de Melhor Atriz, muito merecido diga-se de passagem, em 2015). Em tempo: não concordo com a tradução do título, que parte do original "Still Alice" (Ainda Alice).


Minha edição do livro é capa filme, mas depois de ler fiquei com vontade de adquirir a edição anterior, com uma borboleta na capa. Isso porque um dos trechos de que mais gostei explicita a relação das características dessa espécie com a história da protagonista, diagnosticada com Mal de Alzheimer precoce:

Capas das edições de "Still Alice" ou "Para sempre Alice".
"... gostava de coisas que lhe lembrassem borboletas. Recordava-se de um dia, aos seis ou sete anos, em que havia chorado no quintal pelo destino dessas criaturas, ao saber que elas só viviam durante alguns dias. A mãe a havia consolado, dizendo que não ficasse triste pelas borboletas, porque o simples fato de a vida delas ser curta não significava que fosse trágica. Vendo-as voarem ao sol quente em meio às margaridas do jardim, a mãe lhe dissera: 'Está vendo? Elas têm uma vida linda.' Alice gostava de se lembrar disso."

Assim como me emocionei no cinema, isso se repetiu com a leitura do livro. É aterrador saber que existe uma doença como essa, em que a pessoa simplesmente deixa de existir e continua vivendo. Mais aterrador ainda é saber que ela pode se manifestar muito mais cedo do que se supõe (a personagem tem os primeiros sintomas antes dos 50 anos).

Algumas outras referências me chamaram a atenção, como Tim Burton e Dr. Seuss (O Lórax):

"O sol de fim de tarde lançava sombras estranhas, como num filme de Tim Burton, que deslizavam e ondulavam no chão e subiam pelas paredes".

"Temos a sensação de não estar nem cá nem lá, como um personagem doido do Dr. Seuss numa terra bizarra (...) Podemos ajudar uns aos outros, tanto os pacientes com demência quanto os que cuidam deles, a navegar por essa terra do nem lá nem cá do Dr. Seuss."

Para quem viu o filme, vale ler o livro também. Para quem não viu o filme nem leu o livro ainda, sugiro ler primeiro e assistir depois. E se preparar para se emocionar duas vezes.

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