sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Meta superada em 2016

Em 2016 eu li, no total, 50 livros. Fico impressionada ao constatar, mas aconteceu naturalmente. Estou lendo seis livros no momento, mas não devo terminar nenhum até o final do mês, então eles entram já na meta de 2017. Encerrando o ano, listo os livros que li mas não publiquei no blog:

- Carta ao pai, de Franz Kafka
- As solas do sol, de Fabrício Carpinejar
- O livro das semelhanças, de Ana Martins Marques
- De gados e homens, de Ana Paula Maia
- A cara da mãe, de Livia Garcia Roza
- Uma breve história do tempo, de Stephen Hawking
- Pomba enamorada ou uma história de amor e outros contos escolhidos, de Lygia Fagundes Telles
- Fronteira, de Luís Fernando Pereira
- E se amanhã o medo, de Ondjaki
- Meus desacontecimentos, de Eliane Brum

Por ser mediadora de um clube de leitura Leia Mulheres, li mais autoras do que autores em 2016: 27 livros escritos por mulheres, 23 por homens. Para 2017, pretendo ampliar o número de livros escritos por mulheres e aumentar essa diferença.

Vou começar o ano novo encerrando a leitura de "A guerra não tem rosto de mulher", da Svetlana Aleksievitch, e "Rotas literárias de São Paulo", da jornalista Goimar Dantas.

Para 2017, pretendia estabelecer um desafio de 50 livros. Como essa meta acabou sendo cumprida já em 2016, resolvi ampliar esse número para 70. No blog, começarei novamente a contar os livros a partir do primeiro do ano, dessa forma: 2017/Livro 1, 2017/Livro 2 e assim por diante.

Estou muito feliz por ter conseguido superar mais uma vez a meta anual de leitura, por estar lendo cada vez mais, por tantos livros incríveis que tive a oportunidade de ler em 2016. E também pelas reuniões dos clubes de leitura em que muitas dessas obras foram discutidas e deram margem a reflexões, relatos, desabafos e ótimas conversas.

Que venham mais leituras em 2017!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Livro 40 – Ilusões perdidas

Honoré de Balzac é inexplicavelmente impecável em “Ilusões perdidas”. O jovem escritor Lucien, que se rende ao mundo obscuro do jornalismo para conquistar fama e fortuna em Paris, tem muito de mim e de cada um de nós.

“A avareza começa onde cessa a pobreza”, uma das primeiras frases do livro, talvez seja a melhor síntese do que toda a história contada nele evidencia.

A pequenez de pessoas que só pensam em si mesmas, no próprio sucesso e fortuna, é escancarada pelo autor por um lado. Por outro, ele enaltece sentimentos e valores tão simples, ao mesmo tempo preciosos e cada vez mais raros, como o desapego, o amor, a generosidade. E é claro, a ingenuidade.

Balzac compreendia muito bem a diferença entre os avarentos e os pobres, assim como o risco de grandes talentos como o de Lucien serem desperdiçados em nome de fama, dinheiro e algum poder, mesmo que ilusório. Recomendo muito o livro. Em 2017, pretendo ler mais alguma coisa dele, porque comecei gostando muito do que li com “Ilusões perdidas”.

A leitura me fez relembrar um filme que eu adoro, inclusive voltei a assistir enquanto estava lendo. Chama-se “Balzac e a costureirinha chinesa”. É uma linda história de como bons livros podem mudar a vida de pessoas. A fotografia do filme é belíssima também. Ele é baseado em um livro de Daí Sijie, que também está na minha lista de futuras leituras.

O trailer é em espanhol, mas pesquisando se encontra o filme na íntegra, em português, no You Tube.1