domingo, 17 de janeiro de 2016

Livro 2 - O Fotógrafo

Acabo de terminar de ler "O Fotógrafo", de Cristóvão Tezza. Conheci o autor quando li "O filho eterno", em 2014, para o Clube do Livro de Itapetininga. Gostei muito daquele livro e da forma como o autor escreve. Além disso, ele estava cheio de referências com as quais eu me identifiquei, desde autores até músicos e artistas de diferentes linguagens.

Em "O Fotógrafo", Tezza conta histórias de diferentes personagens que se entrelaçam. Inevitavelmente, como com quase todo livro que leio, esse tipo de narrativa me fez lembrar de filmes. Nesse caso, foram três:

Magnólia (1999):


Crash - No limite (2005):


360 (2012):



Adoro esses filmes. Cada um deles conta diferentes histórias de personagens que estão envolvidos entre si de alguma forma, o que vai sendo revelado aos poucos. E é claro que adorei o livro também. Inclusive, no próprio livro, há menção à relação entre literatura e cinema, algo que sempre relaciono, inevitavelmente.

O diálogo é entre Duarte e Lídia (esposa do fotógrafo protagonista), saindo do cinema: "Você leu 'As ilusões perdidas'? - ele perguntou, e era como se ele ganhasse tempo, recuperando o próprio terreno, a voz do professor. E antes que ela respondesse: Leia. Antes de ver o filme, para não destruir a leitura - e ela riu - É a grande obra de Balzac."

Recomendo muito os filmes e o livro!

#Meudesafiodeleitura #Livro2 #CristóvãoTezza #Livrosefilmes #leitura #OFotógrafo



segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Livro 1 - Lavoura arcaica

Minha primeira leitura concluída em 2016 foi "Lavoura arcaica", de Raduan Nassar (Companhia das Letras). O livro foi sugerido no Clube do Livro de Itapetininga (conheça aqui).

Eu já tinha assistido ao filme inspirado no livro, no começo dos anos 2000, o que sempre acaba interferindo de alguma forma na leitura. Inevitavelmente, lembrava da voz do Selton Melo e da dança da Simone Spoladore durante diversas passagens do livro. Isso sem mencionar a atuação impecável do saudoso Raul Cortez.

Por essas e outras sempre é recomendado ler o livro antes de ver o filme. Mas não acho que tenha perdido muito nesse caso. Na verdade, fiquei com vontade de assistir o filme de novo.


É uma história forte. É triste, dessas que faz a gente se sentir desarmado. E me fez pensar em moralidade, religião, dogmas e tabus. Principalmente no tipo de moralidade seletiva, preconceituosa e rotuladora ainda tão presente nos dias atuais.

A história do autor também é interessante, já que ele parou de escrever logo depois do estrondoso sucesso que essa obra fez. Foi viver no campo e recentemente doou sua fazenda para que fosse transformada em um câmpus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em Buri, no interior de São Paulo.

#meudesafiodeleitura #livro1 #LavouraArcaica #RaduanNassar